quarta-feira, 25 de julho de 2012

domingo, 22 de julho de 2012

Sementes verdes

Por volta desta altura do ano é quando há maior diversidade de sementes verdes, quer seja no campo ou em canteiros e pequenos terrenos onde se vai deitando as cascas dos comedouros.
Eu costumo deitar as sementes velhas para um pequeno canteiro e tenho lá uma variedade de sementes e outras plantas que nunca mais acaba, umas sei o que são e outras não. Sei que tenho lá painço, que a maior parte das aves adora; milho alvo que também é bastante apreciado, principalmente pelos Dominós, Castanhóis, Goulds e Bico de Lacre; alpista, não tem tantos fãs mas sempre vão comendo; milhã também aparece (as sementes devem vir na mistura para Lugres pois nunca tinha nascido nada parecido); nabiças e couves também nasce, dessas só dou as folhas e também nasce bastante beldroegas (estas não vêm das sementes que meto) e são as verduras que todas as aves preferem.
Ficam aqui algumas fotos de várias plantas em questão, bem como de algumas aves a comerem.


Painço
Beldroegas
Milhã (acho eu ...)
Castanhóis de volta do painço e do milho alvo
Bico de Lacre a comer painço
Dominó 

sábado, 21 de julho de 2012

Novas aquisições: 2 machos BN e uma fêmea Clássica

Na passada segunda feira fiz 3 aquisições para o meu plantel de Mandarins de exposição, 2 machos  cinzentos bochecha negra e 1 fêmea clássica. Foram adquiridos ao criador António Pereira, que para os mais distraídos é um dos grandes criadores de Mandarins, quer nacional como internacional, com várias medalhas ganhas em Mundiais, tanto em Mandarins como em Pardais de Java.
Ficam aqui umas fotos que tirei às aves, só não consegui tirar fotos decentes aos 2 machos.




sábado, 14 de julho de 2012

Carduelis obsoleta - o mais antigo dos Verdilhões

Os Carduelis obsoleta (conhecido por Trombettiere del Lichtenstein em Italiano, Lichtenstein's Desert Finch em Inglês e Camachuelo de Lichtenstein em Castelhano, Verdilhão do Deserto em Português) são membros da familia Fringillidae, que vivem nas zonas deserticas da Turquia, Afeganistão, Jordânia, Síria, Iraque, Irão, Cazaquistão, Mongólia, Índia, República do Tajiquistão, Usbequistão, Quirguistão e China. Habitam preferencialmente zonas onde haja água disponível mas também em montes baixos e sopés e vales cultivados.

Distribuição

Estas aves têm cerca de 15 cm de comprimento e um peso à volta de 17 - 28 gramas, (o mesmo que um Verdilhão Europeu), e os sexos são praticamente iguais. A melhor maneira para distinguir o macho da fêmea é através da tonalidade da cor, principalmente na cabeça e asas, onde é mais viva nos machos. As fêmeas também têm a cor do bico menos forte e quase não têm a lista ocular.

Macho
Fêmea
Macho à frente e fêmea atrás
Juvenis

Em cativeiro é preferível alojar um casal em gaiolas de cerca de 120 cm de comprimento, pois como é costume com a maioria dos Fringilídeos, quando o macho se encontra com o cio e quer acasalar, torna-se agressivo e persegue a fêmea para acasalar com ela, o que numa gaiola menor poderia causar a morte dela. Assim nestas dimensões a fêmea tem espaço para poder fugir caso seja necessário.

A sua alimentação é à base de sementes (em cativeiro uma mistura para fauna acho que serve mas não encontrei grande coisa sobre a composição utilizada em cativeiro a não ser que durante a criação usa-se apenas painço e alpista para os machos não engordarem demasiado) e também comem insectos (em cativeiro usa-se principalmente bicho da trela (Tenebrio molitor) e ovos de formiga). Em cativeiro também comem papa e sementes germinadas.

A postura é de 4 a 6 ovos, que são duma cor verde ou azul clara e levemente sarapintados (parecidos com os de um Verdilhão Europeu) e numa época uma fêmea apenas costuma fazer duas posturas. 
Em cativeiro o casal mostra-se um pouco nervoso quando está a criar e pode abandonar a postura facilmente, por isso convém deixa-los sossegados e importuna-los e menos possível. Quando a criação direta não corre bem pode-se passar as crias/ovos para amas que são normalmente Canárias ou Carpódacos do México, sendo os últimos mais adequados pois pegam bem no alimento vivo, ao contrário dos Canários. As crias demoram muito mais tempo a serem independentes que os restantes Fringilídeos, o que pode causar problemas quando são criados por amas mas quando são criadas pelos próprios pais isso não provoca nenhum problema. É normal as fêmeas alimentarem muito bem as crias e os machos estão sempre a dar comer à fêmea, embora seja aconselhável separar o macho nas primeiras posturas, pois pode destruir posturas e matar as crias. Depois é ir tentando habituar o macho a estar com a fêmea durante o choco e criação das crias.
Estas aves necessitam de bastante cálcio e outros sais minerais durante a criação.

Fonte: Andrey Gajduchenko

Fonte: Andrey Gajduchenko

Esta espécie, juntamente com o Bico Grossudo (Coccothraustes coccothraustes), o Carduelis lawrencei e o Uragus sibiricus, é dos meus Fringilídeos preferidos e que um dia gostava de poder ter e criar.

Descobri que esta ave é, ao contrário do que se pensava, o ancestral comum dos Verdilhões, estando mais próximo dos Carduelis (ou Chloris se o género Carduelis for separado) do que dos Pintarroxos-trombeteiros (Rhodopechys) com quem anteriormente eram juntamente classificados, baseado em análises de ADN, bem como pelas vocalizações e pela lista negra ocular, numa pesquisa de de Zamora et al. (2006).
Embora tenha algumas parecenças com os Rhodopechys, como a lista rosada nas asas, cor corporal e habitat, essas parecenças muito provavelmente devem-se a uma evolução convergente devido ao seu habitat.

Artigo da minha autoria

Informação recolhida em:

terça-feira, 10 de julho de 2012

II Atlas do Priolo reúne mais de 50 voluntários para contar exemplares desta espécie em risco de extinção


O II Atlas do Priolo (Pyrrhula murina) começa quinta-feira a contar os exemplares desta pequena ave que apenas existe na zona nordeste de S. Miguel, nos Açores, envolvendo 51 voluntários espalhados por mais de 300 locais.

"A expetativa é que seja ultrapassada a marca alcançada há quatro anos", afirmou Joaquim Teodósio, coordenador do projeto LIFE Laurissilva Sustentável, em declarações à Lusa, acrescentando que a anterior contagem, realizada em 2008, permitiu estimar a população de priolos  "entre 1.000 e 1.500" indivíduos.
Joaquim Teodósio salientou que esta espécie registou "um aumento significativo em 2006/2007 e encontra-se estável", mas frisou que ainda não é possível saber se a população de priolos se estendeu para uma área maior.
Este II Atlas do Priolo, realizado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), vai decorrer nos concelhos de Nordeste e Povoação, na Zona de Proteção Especial do Pico da Vara/Ribeira do Guilherme, que é o único local do mundo onde vive esta pequena ave em risco de extinção.
Os voluntários, muitos dos quais ligados à biologia e às ciências da natureza, iniciam na quinta-feira a primeira contagem no campo, num total de mais de 300 pontos que, segundo Joaquim Teodósio, "cobrem a totalidade os concelhos do Nordeste e Povoação".
Este voluntários, que estão a frequentar desde o início da semana ações de formação, estarão divididos por sete equipas, sendo o primeiro ponto de contagem realizado às 06:30 (07:30 em Lisboa).
Joaquim Teodósio garantiu que o método utilizado "é dos mais rigorosos para estimar as populações selvagens", permitindo evitar possíveis duplicações na contagem.
O priolo, segundo este especialista, "continua a ter uma população muito pequena", alertando que ainda é "uma espécie com estatuto de ameaça elevado".
Os avanços conseguidos nos últimos anos já permitiram, no entanto, que o priolo tenha deixado de ser uma espécie `Criticamente em Perigo de Extinção`, para ser uma espécie `Em Perigo de Extinção`.
A contagem de exemplares que vai decorrer até sexta-feira é considerada essencial para acompanhar a evolução da população desta espécie, permitindo ainda recolher informação importante para a planificação de medidas tendo em vista a sua preservação.

Fonte:  http://www.flickr.com/photos/cazeribeiro1/

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Criações no fim e alguma fotos

As criações estão praticamente acabadas, apenas tenho 2 casais de Mandarins com crias que já saíram do ninho e o casal de Lonchura castaneothorax decidiu fazer mais uma postura, estando neste momento no choco.
Ao todo devo ter tirado pouco mais de 70 aves. 
Tinha como objetivo ter vários casais a criar direto (excluindo as espécies mais fáceis que são os Mandarins/Bengalins/Bicos de Chumbo/ Pardais de Java) mas apenas consegui que os Babetes e Castanhovs criassem com sucesso as crias. Com os Goulds apenas consegui que, no máximo, as crias chegassem aos 15 dias e com os Bichenovs apenas consegui que chocassem. Os Dominós iniciavam o choco mas depois iam partido os ovos. Estrelas e Modestos nem ficavam no choco uma semana mas são 2 espécies que para o ano já não vou criar.
Em 2013 vou criar Mandarins, Babetes de Cauda Longa, Mascarados, Dominós, Bichenovs, Castanhovs, Goulds e alguns Bengalins para ter como amas. Mais uma vez tenho como objetivo a criação direta, espero ter melhores resultados.
Quando os juvenis acabarem a muda espero preparar alguns para poder levar à exposição aqui de Almada.

Por agora ficam aqui algumas fotos que tirei hoje:

Fêmea de Gould, Azul Cabeça Preta.


 Goulds juntamente com Babetes.









Babetes, Bichenovs e Mandarins.











Quanto a mim o melhor Babete nascido este ano. Agora é esperar pela muda para ver como fica.




Bichenov Castanho, macho.

Babetes e Castanhovs, tudo machos.