segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Plantel finalmente fechado

Nestas últimas semanas chegaram os últimos reforços para a época de reprodução de 2013., que foram:
  • 1 fêmea de Lonchura castaneothorax 
  • 1 fêmea de Babete de Cauda Longa clássica
  • 1 casal de Mandarins de exposição, macho Face Negra x fêmea clássica

Macho Face Negra, teve 88 pontos na ORNISHOW
Fêmea Castanhov
Fêmea Babete clássica
Os mandarins vieram do Selénio Vieira, fica aqui o blogue dele:  http://seleniofinches.blogspot.pt/
Pena ser do Benfica, mas tirando isso é um gajo 5 estrelas lool

Sendo assim este ano vou criar com:
  • 6 casais de Mandarins de exposição (clássicos, bochechas negras e faces negras)
  • 5 casais de Babetes de Cauda Longa (clássicos e castanhos)
  • 3 casais de Bichenovs (clássicos e castanhos)
  • 2 casais de Goulds (clássicos e azuis)
  • 2 casais de Mascarados 
  • 2 casais de Castanhovs
  • 5 casais de Bengalins para amas
  • 4 casais de Mandarins para amas

sábado, 22 de dezembro de 2012

Diamante Babete de Bico Preto (Poephila cincta)

Fonte: http://www.martinwillisphotographs.com.au/


Comprimento
Cerca de 12 cm

Medida das anilhas
2,5mm

Distribuição


Subespécies
São reconhecidas duas, com algumas formas intermédias pelo meio.
  • Poephila cincta cincta - localiza-se mais a sul, carateriza-se por ter o uropígio branco e um grande contraste entre o cinzento da cabeça e o castanho do dorso e peito.
  • Poephila cincta atropygialis - localiza-se mais a norte, a principal diferença para a subespécie nominal é o uropígio  que é negro, o tamanho menor e uma cor geral mais escura.

Poephila cincta cincta
Fonte: 
http://townsville.wildlife.org.au/2012/07/11/black-throated-finch-still-calls-townsville-home/

Poephila cincta atropygialis
Fonte:
http://www.allevogels.nl/index/


A subespécie nominal está no anexo II do CITES e como tal necessita de registo, a outra não.
Poephila cincta cincta encontra-se em perigo devido à degradação do habitat devido ao gado, isolamento das populações, introdução de especies vegetais invasoras, predação por parte de predadores introduzidos e cruzamentos com o Poephila cincta atropygialis.

Dimorfismo sexual
Igual ao Diamante Babete de Cauda Longa, exceto o comprimento da cauda, que nesta espécie é igual em ambos os sexos.

Comportamento e cuidados gerais
Basicamente o mesmo que o Diamante Babete de Cauda Longa, para alguns criadores até é considerada mais agressiva.

Alimentação
Novamente é igual ao seu parente Diamante Babete de Cauda Longa.

Reprodução
Necessita de basicamente os mesmo cuidados que o Diamante Babete de Cauda Longa, embora em gaiola seja um pouco mais difícil de criar.
A postura é de 4 a 6 ovos e a incubação é de cerca de 14 dias.

Adulto juntamente com uma cria
Fonte: http://www.grasfinken.de/hauptseite.htm

Mutações
As mutações existentes são praticamente as mesmas do Diamante Babete de Cauda Longa, algumas, ou mesmo todas, foram passadas por transposição. Assim sendo, a sua hereditariedade é igual ao do seu parente.
Todas as fotos das mutações foram retiradas daqui: http://www.mijn-grasvinken.be/html/gordelgrasvinken.html

Castanho



Topázio



Phaeo



Ino



Cinzento



Castanho-Ino
Trata-se da combinação da mutação Ino com o Castanho.



Nota:
Esta espécie é bastante próxima do Diamante Mascarado e, principalmente, do Diamante Babete de Cauda Longa.
Os híbridos de Babete de Bico Preto x Babete de Cauda Longa têm uma percentagem de fertilidade bastante alta, principalmente os machos.
Nunca se deve cruzar estas espécies devido à fertilidade dos híbridos, pois estamos a destruir o património genético das duas espécies. Muita gente faz estes cruzamentos propositadamente, com a intenção de "aumentar o porte dos Cauda Longa" ... é algo que se deve evitar a todo o custo, pois quem faz isso está-se a enganar a ele próprio, pois as aves não são puras (sejam elas F1, R1, R2, etc) e perde-se o fenótipo caraterístico da espécie, bem como se está a enganar quem compra essas aves pois sem saber está a criar aves que não interessam a ninguém ... aves demasiado redondas e com infiltrações de preto no bico são dois dos defeitos mais caraterísticos destes "Babetes duvidosos".
Na minha opinião, quem faz isto só estraga pois não há vantagem nenhuma deste tipo de "selecção".
Manter as espécies no seu estado mais puro, isso sim é selecionar.

Exemplo de um híbrido de babete bico preto x babete de cauda longa (NÃO É DA MINHA CRIAÇÃO)
Nome noutras línguas:

Alemão: Gürtelamadine, Schwarzkehl-Ammerfink 
Catalão: Pitet de cua curta
Checo: Pásovník krátkoocasý
Mandarim: 黑喉草雀
Dinamarquês: Korthalet Bæltefinke
Eslovaco: amadinka krátkochvostá
Castelhano: Babero de cola corta, Diamante babero, Diamante Gorjinegro, Pinzón de Garganta Negra
Estónio: mustkurk-amadiin
Finlandês: Nyökyttäjäpeippo
Francês: Diamant à bavette
Holandês: Gordelamandine, Gordel-amandine, Gordelgrasvink 

Inglês: Black throated Finch, Black-rumped Finch, Black-throated Finch, Black-throated Grassfinch, Diggles's Finch, Parson Finch
Italiano: Diamante bavetta, Fringuello golanera
Japonês: キンセイチョウ, kinseichou
Norueguês: Belteastrild, Korthalet beltefink
Polaco: amadynka czarnogardla, amadynka czarnogardła
Russo: Короткохвостая травяная амадина
Sueco: Kortstjärtad bältfink 


Artigo da minha autoria

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"Mandarinovs" já fora do ninho

Os híbridos de mandarim x bichenov já andam cá fora, são duas fêmeas e um macho (muito bem marcado por sinal).









quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O plantel já está quase completo ... (continuação)

Continuação das fotos do post anterior ...
Fêmea Gould e fêmea Mascarado
3 casais de Bichenovs no mesmo poleiro
5 Mascarados à espera que chegue uma fêmea para fazer 3 casais


Agora 3 das mandarins de exposição clássicas ...


A mesma da foto de cima ...


Esta fêmea é uma peito negro peito branco de 2012 que nasceu cá, não vou criar com ela mas fica só por ser uma ave bonita e de boa qualidade.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O plantel já está quase completo ...

Esta época vou criar com um número de espécies mais reduzido do que o ano passado, isto porque para se poder ter bons resultados com uma espécie não se pode ter apenas 1 ou 2 casais da mesma e como não tenho espaço para poder ter todas as espécies que gosto tive que reduzir o seu número ... Esta época que se aproxima vou criar 7 espécies, que são:
  • Mandarins
  • Bichenovs
  • Babetes de cauda longa
  • Mascarados
  • Goulds
  • Castanhovs
  • Bengalins do Japão 
Mais uma vez vou apostar na criação pelos próprios pais, os poucos bengalins e mandarins normais que tenho e que vão ser usados como amas são apenas 10 casais (5 de bengalins e 5 de mandarins), os restantes casais de exóticos (mandarins de exposição, babetes, bichenovs, mascarados, goulds e castanhovs) vão ser cerca de 22. A espécie que estou a contar ter mais dificuldade em conseguir criar é o mascarado, pois é o primeiro ano que os vou criar e além disso tem um grau de dificuldade superior a todas as outras espécies que tenho no que toca a criar as crias.
Já tenho o plantel quase completo, só me falta um casal de mandarins de exposição, uma fêmea de mascarado, uma fêmea babete e uma fêmea castanhov.

Ficam aqui algumas fotos de alguns dos exemplares que vão fazer parte dos meus reprodutores:














segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Diamante de Gould (Chloebia gouldiae)

Diamante de Gould
(Chloebia gouldiae)

Fêmea clássica cabeça laranja


Comprimento
Entre 13 cm a 16 cm

Medida das anilhas
Entre 2,5mm a 2,7mm

Distribuição
Restrita ao norte da Austrália e a população selvagem encontra-se sob medidas de proteção devido à destruição do seu habitat.

Distribuição 


Dimorfismo sexual
Os machos apresentam uma cor mais viva que as fêmeas, especialmente na barriga, peito e cabeça. Os machos têm o azul da cauda e pescoço também mais vivo.
A cauda dos machos também é maior que a da fêmea, pois as duas penas designadas por filetes são mais longas.
Em algumas mutações estas diferenças não são tão evidentes e aí é mais fácil ver através do canto do macho.

Fêmea clássica cabeça preta

Comportamento e cuidados gerais
São aves bastante calmas e geralmente não incomodam outras espécies.
Apenas quando criam em viveiros com outras espécies e/ou em colónia pode haver mais agressividade quando defendem o ninho.
Ao contrário do que muita gente pensa, são aves bastante resistente e que toleram muito bem as baixas temperaturas que se registam no Inverno. Apenas se deve ter as seguintes precauções: a gaiola/viveiro deve estar abrigada de correntes de ar e chuva, tal como para a grande maioria das aves.

Macho clássico cabeça vermelha em plena muda


Alimentação
São aves essencialmente granívoras, a mistura deve ser à base de milho alvo branco, alpista e milho japonês. Sementes de gramíneas também podem ser adicionadas à mistura.
Também comem painço em espiga, quer seja do amarelo ou vermelho, embora tenham preferência pelo amarelo.
Sementes germinadas (eu uso milho alvo e milho japonês) também podem ser integradas na sua dieta, especialmente quando têm crias. Também devem ter uma boa papa à disposição nesta altura.
Sementes verdes e mesmo frutas e verduras também podem ser administradas.
Grit, osso de choco e mesmo casca de ovo partida (deve-se usar casca de ovo cozido devido à possibilidade de haver salmonelas e depois de se descascar o ovo levar as cascas ao microondas, isto para se partirem mais facilmente) deve estar sempre à disposição das aves.

Reprodução
São aves não muito complicadas de se criar.
Por norma são bons pais e dispensam amas (mais um mito da criação desta espécie).
Considero como medidas minimas para criar esta espécie as seguintes: 60 cm (comprimento) x 30 x 30, embora tal como outras espécies, quanto maior melhor. Pessoalmente prefiro gaiolas de 1 metro.
Deve-se escolher as aves com pelo menos 1 ano para a criação, principalmente as fêmeas.
Os ninhos devem ser as caixas próprias para goulds e mesmo as de periquitos também servem. Desde que permitam às aves acasalarem (os goulds acasalam dentro dos ninhos a maioria das vezes) e esconderem-se quando chocam é suficiente.
As posturas costumam ser de 5 a 8 ovos, chocados durante cerca de 14 dias, maioritariamente pela fêmea. As crias estão prontas para serem separadas passadas 2-3 semanas depois de saírem do ninho.


Casal com as suas 4 crias

Mutações
As aves clássicas apresentam 3 possíveis cores de cabeça: cabeça vermelha, cabeça preta e cabeça laranja. Todas estas cores de cabeça existem em liberdade. A sua hereditariedade é dominante (cabeça vermelha), recessiva ligada ao sexo (cabeça preta) e autossómica recessiva (cabeça laranja). A cabeça laranja só é totalmente expressa em conjunto com a cabeça vermelha, caso contrário, embora sejam geneticamente cabeças laranjas, as aves são cabeça preta com a ponta do bico laranja em vez de vermelho (epistasia).
Existem várias mutações, sendo as seguintes reconhecidas pela COM (Congresso Ornitológico Internacional):

Peito Branco
Mutação autossómica recessiva.

Peito Lilás
Mutação autossómica recessiva

Azul
Mutação autossómica recessiva

Pastel
Mutação codominante ligada ao sexo.
As aves podem ser de 1 fator (pastel) e 2 fatores (amarelos). Apenas os machos podem ser pastel 1 fator.

Ino
Mutação recessiva liga ao sexo.

Dentro destas mutações existem inúmeras possibilidades de combinações entre elas.
Também existem outras mutações na Europa mas não são reconhecidas, tais como o verdemar (sea green) ou o canela/ isabel (cinnamon).

Artigo da minha autoria