segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Diamante de Gould (Chloebia gouldiae)

Diamante de Gould
(Chloebia gouldiae)

Fêmea clássica cabeça laranja


Comprimento
Entre 13 cm a 16 cm

Medida das anilhas
Entre 2,5mm a 2,7mm

Distribuição
Restrita ao norte da Austrália e a população selvagem encontra-se sob medidas de proteção devido à destruição do seu habitat.

Distribuição 


Dimorfismo sexual
Os machos apresentam uma cor mais viva que as fêmeas, especialmente na barriga, peito e cabeça. Os machos têm o azul da cauda e pescoço também mais vivo.
A cauda dos machos também é maior que a da fêmea, pois as duas penas designadas por filetes são mais longas.
Em algumas mutações estas diferenças não são tão evidentes e aí é mais fácil ver através do canto do macho.

Fêmea clássica cabeça preta

Comportamento e cuidados gerais
São aves bastante calmas e geralmente não incomodam outras espécies.
Apenas quando criam em viveiros com outras espécies e/ou em colónia pode haver mais agressividade quando defendem o ninho.
Ao contrário do que muita gente pensa, são aves bastante resistente e que toleram muito bem as baixas temperaturas que se registam no Inverno. Apenas se deve ter as seguintes precauções: a gaiola/viveiro deve estar abrigada de correntes de ar e chuva, tal como para a grande maioria das aves.

Macho clássico cabeça vermelha em plena muda


Alimentação
São aves essencialmente granívoras, a mistura deve ser à base de milho alvo branco, alpista e milho japonês. Sementes de gramíneas também podem ser adicionadas à mistura.
Também comem painço em espiga, quer seja do amarelo ou vermelho, embora tenham preferência pelo amarelo.
Sementes germinadas (eu uso milho alvo e milho japonês) também podem ser integradas na sua dieta, especialmente quando têm crias. Também devem ter uma boa papa à disposição nesta altura.
Sementes verdes e mesmo frutas e verduras também podem ser administradas.
Grit, osso de choco e mesmo casca de ovo partida (deve-se usar casca de ovo cozido devido à possibilidade de haver salmonelas e depois de se descascar o ovo levar as cascas ao microondas, isto para se partirem mais facilmente) deve estar sempre à disposição das aves.

Reprodução
São aves não muito complicadas de se criar.
Por norma são bons pais e dispensam amas (mais um mito da criação desta espécie).
Considero como medidas minimas para criar esta espécie as seguintes: 60 cm (comprimento) x 30 x 30, embora tal como outras espécies, quanto maior melhor. Pessoalmente prefiro gaiolas de 1 metro.
Deve-se escolher as aves com pelo menos 1 ano para a criação, principalmente as fêmeas.
Os ninhos devem ser as caixas próprias para goulds e mesmo as de periquitos também servem. Desde que permitam às aves acasalarem (os goulds acasalam dentro dos ninhos a maioria das vezes) e esconderem-se quando chocam é suficiente.
As posturas costumam ser de 5 a 8 ovos, chocados durante cerca de 14 dias, maioritariamente pela fêmea. As crias estão prontas para serem separadas passadas 2-3 semanas depois de saírem do ninho.


Casal com as suas 4 crias

Mutações
As aves clássicas apresentam 3 possíveis cores de cabeça: cabeça vermelha, cabeça preta e cabeça laranja. Todas estas cores de cabeça existem em liberdade. A sua hereditariedade é dominante (cabeça vermelha), recessiva ligada ao sexo (cabeça preta) e autossómica recessiva (cabeça laranja). A cabeça laranja só é totalmente expressa em conjunto com a cabeça vermelha, caso contrário, embora sejam geneticamente cabeças laranjas, as aves são cabeça preta com a ponta do bico laranja em vez de vermelho (epistasia).
Existem várias mutações, sendo as seguintes reconhecidas pela COM (Congresso Ornitológico Internacional):

Peito Branco
Mutação autossómica recessiva.

Peito Lilás
Mutação autossómica recessiva

Azul
Mutação autossómica recessiva

Pastel
Mutação codominante ligada ao sexo.
As aves podem ser de 1 fator (pastel) e 2 fatores (amarelos). Apenas os machos podem ser pastel 1 fator.

Ino
Mutação recessiva liga ao sexo.

Dentro destas mutações existem inúmeras possibilidades de combinações entre elas.
Também existem outras mutações na Europa mas não são reconhecidas, tais como o verdemar (sea green) ou o canela/ isabel (cinnamon).

Artigo da minha autoria

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