domingo, 14 de dezembro de 2014

O meu híbrido premiado no 69º Campeonato Nacional de Ornitologia


Sete aves inscritas, duas levadas a concurso, um 3º prémio em híbridos clássicos com um macho mandarim x bichenov, pior só se ficasse a zeros... para o ano há mais.
Parabéns a todos os participantes.

sábado, 29 de novembro de 2014

Alguns membros do meu plantel para a época de 2015


Macho gould pastel 1 factor cabeça laranja adquirido ao Rui Lopes


Macho babete de cauda longa phaeo adquirido ao Ivan Vera


Fêmea babete de cauda longa de bico amarelo adquirida ao Paulo Santos


Macho babete de cauda longa cinzento da minha criação, já ficou em 1º lugar em Almada, a ver o que faz no Nacional.


Macho bengalim do Japão negro-castanho adquirido ao Joel Oliveira.


Macho babete de cauda longa portador de castanho adquirido ao Ivan Vera.

domingo, 23 de novembro de 2014

38ª Exposição de Almada

Os meus prémios obtidos na 38ª Exposição do Clube de Ornitologia Almadense:
- 1º lugar fêmea mandarim clássica com 89 pontos
- 1º lugar babete de cauda longa clássico com 90 pontos
- 2º lugar babete de cauda longa clássico com 89 pontos
- 1º lugar babete de cauda longa cinzento com 89 pontos
- 1º lugar bichenov clássico com 89 pontos
- 1º lugar híbrido clássico de mandarim x bichenov com 91 pontos
- 1º lugar híbrida dorso claro de mandarim x bichenov com 89 pontos


Aqui ficam algumas fotos dos meus premiados e de outras aves presentes, não deu para tirar mais fotos pois as pilhas não duraram muito tempo.

















 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Entrevista ao Ivo Coelho

Hoje vou colocar aqui a primeira de muitas entrevistas que tenho planeadas para fazer nos próximos tempos, já era um "projecto" que tinha em mente fazer há uns anos mas só agora foi posto em marcha.
O meu príncipal objectivo é acima de tudo a partilha de experiências e dar a conhecer criadores que, na minha opinião, sabem o que fazem e têm ideias próprias, ou seja, não são os tradicionais criadores de exóticos portugueses que querem ter tudo, tratam tudo da mesma maneira, metem tudo em gaiolas de 40 cm e as crias que tiram é tudo nos bengalins. Já tenho aves há uns bons anos e nunca me revi nesta maneira de se criar, quanto a mim não se vai a lado nenhum desta maneira e não sou o único a pensar assim, por isso os criadores que irei escolher para entrevistar também partilham da minha maneira de pensar e de estar neste hobby.

O primeiro criador que escolhi para entrevistar é o meu amigo Ivo Coelho, é um criador maioritariamente  de exóticos africanos tais como Bicos de lacre (Estrilda astrild), Ventres laranja (Amandava subflava), Mosqueados (Amandava amandava), Peitos celestes de cabeça azul (Uraeginthus cyanocephalus) e Amarantes do Senegal (Lagonosticta senegala), só para enumerar alguns.
O tema da entrevista é a criação das duas espécies de Amandava que ele possui.
Aqui está a entrevista e muito obrigado Ivo pela tua disponibilidade.

Quando começaste a criar estas aves e qual o motivo pelo qual as escolheste?

Comecei a criar estas aves á cerca de 5 anos sensivelmente.
O motivo que me levou a criar aves deste calibre foi simplesmente o meu gosto pessoal. Quando tinha 17 anos tive um Amandava subflava e gostei de o ter no meu viveiro da altura, quando recomecei pensei em ter aves que gostasse realmente(pequenos exóticos africanos),que comessem pouco,e em caso de venda que rendessem alguma coisa, pois este hobbie não é barato.

Casal de Ventres laranja


Com quantos casais crias actualmente?

Actualmente crio com 3 casais de Amandava subflava clarkei, 1 casal Amandava subflava subflava e 2 casais de Amandava amandava.

Crias em viveiro ou em gaiola? Quais as medidas?

Crio em viveiros, em 5 viveiros mais concretamente, com medidas iguais 2x1x2 (AxLxP)

Casal de Ventres laranja

Achas que essas medidas são as que se adequam às necessedidades dos Amandava?

Sim são medidas base de viveiros de criação, têm espaço suficiente para 5 casais, havendo espaço suficiente para reproduzir o ambiente natural o mais próximo possível. Tem uma zona de alimentação, uma zona de dormitório, e uma zona de nidificação.

Macho de Mosqueado a galar a fêmea

Nos viveiros as aves reproduzem-se de uma forma mais natural e com mais facilidade? Quais as grandes vantagens de se usar viveiros?


Sim, criar em viveiros torna tudo mais fácil, as aves estão mais á vontade, têm muito espaço sem serem incomodadas e muitas zonas de refúgio. Evitando stress nas aves. O que aumenta o bem-estar das aves, todas as aves criam nos meus viveiros.
As aves usam ramos de cedros naturais e fibra de côco para os seus ninhos, tudo o mais natural possível.
As vantagens passam por as aves terem uma grande variedade de zonas nidificantes, alimento natural com o nascimento de rebentos das sementes que as aves comem,insectos que vivem no substrato do chão dos viveiros, a plumagem torna-se muito mais vistosa, na maioria dos casos. Têm sempre banheiras grandes com água fresca, e um grande espaço de vôo.

Ninho de Ventre laranja

Quais as grandes dificuldades que encontras na criação de uma e outra espécie?

Posso dizer que não encontro grandes dificuldades na criação destas espécies, visto serem muito semelhantes nos seus hábitos.
Os mosqueados tiram ninhadas maiores, os subflavas menores, penso que o facto de não ter alimento vivo específico para subflavas, como o buffalo que está diretamente ligado a postura de 2,3 crias. Ao invés dos mosqueados que comem melhor tenébrio, e têm uma alimentação mais diversa(são menos esquisitos). Para além disso coincidir 2 tipos de vermes pequenos durante a criação destas 2 espécies aumenta exponencialmente o número de crias por postura, como por exemplo, ter, larvas da mosca da fruta e tenébrio em simultâneo. São aves que vivem muito do alimento vivo na época reprodutiva, e isso reflecte-se no número posturas,crias e porte das aves.

Ninhada de Mosqueados

Como seleccionas os reprodutores e quais as características que pretendes selecionar?

Tento juntar 2 caracteristicas que penso ser fundamentais, fenótipo de ambos os sexos e genótipo da fêmea. Melhorar a cor e porte são as minhas metas na seleção. Aves limpas no desenho com um porte nem muito nem pequeno e com uma postura sublime. Aves de exposição.

Ventres laranjas juvenis


Quando inicias a época de criação e porquê?

Março, pois coincide com o aparecimento das primeiras sementes verdes,com uma temperatura mais amena e dias maiores.

Em relação à alimentação, o que consideras ser essencial para se ter sucesso com estas espécies?

Essencial? Ter alimento vivo combinado com sementes verdes.
Mistura para pequenos exóticos da Versele-Laga,painço amarelo,vermelho e milho japonês. Sementes de relva, ou de sementes de Blattner da Versele. Milhã e poáceas.Papa insectívora  e ovo ocasionalmente, mas quase não tocam.

Mosqueado juvenil

Já concorreste com estas espécies em exposições?

Sim, com fêmeas Amandava subflava clarkei e tive sucesso :)

Quais os teus objectivos para o futuro relativamente à criação de aves?

Aumentar o número de casais e ir renovando as espécies, ir subindo degrau a degrau para espécies menos vistas,diferentes.
Pretendo deixar de criar as espécies mais fáceis e vistas, e especializar-me em espécies raras, que sofrem risco de extinção devido a capturas anuais massivas, e aumentar o número em cativeiro.

Voltar ás exposições, pois é gratificante expor aves, criar o ano todo de forma árdua e orgulhosamente expor o nosso trabalho selectivo perantes todos os criadores é uma grande recompensa.

Tornar-me num criador especializado e direcionado para a seleção de aves com qualidade a longo prazo.

Manter o meu gosto pelas aves inalterado e incondicional.


segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Sidney (Aegintha temporalis)

Sidney
Aegintha temporalis

Fêmea


Comprimento
Cerca de 12 cm

Medida das anilhas
 2,5mm

Distribuição
Costa este da Austrália.
Introduzido na Polinésia Francesa.

Distribuição


Existem 2 subespécies, a nominal (Aegintha temporalis temporalis) e o chamado "Sidney pequeno" (Aegintha temporalis minor) ou "lesser red browed finch" , como é conhecido na Austrália. Esta subespécie habita apenas no cabo York e é muito rara em cativeiro na Austrália e inexistente na Europa.
Diferencia-se de A. temporalis temporalis pelo tamanho menor, cor mais clara e pelo ventre, peito e região debaixo do bico serem quase brancos.

Aegintha temporalis temporalis
Fonte: http://www.birdkeeper.com.au/birdkeeper-magazine/the-red-browed-finch
Aegintha temporalis minor
Fonte: http://www.birdkeeper.com.au/birdkeeper-magazine/the-red-browed-finch

Dimorfismo sexual

Os machos têm a barra ocular mais grossa enquanto que as fêmeas têm uma barra ocular mais fina, que depois do olho afunila ao contrário da dos machos que mantém a mesma grossura. A cor do peito e abdomen é de uma cor cinzenta limpa nos machos e cinzenta acastanhada nas fêmeas.


Fêmea à esquerda e macho à direita


Comportamento e cuidados gerais

São aves activas e curiosas, embora demorem um pouco a ganhar confiança aquando da chegada a um novo local, mas assim que a ganham são aves bastante confiantes e alegres.
De um modo geral, são bastante pacíficos quer entre eles como com outras espécies, embora os machos quando estão com o cio possam arrancar umas penas às fêmeas ou impedir que outras aves pousem no poleiro onde se encontrem.
É uma espécie resistente.



Alimentação

Quanto a mim são muito parecidos aos bichenovs neste aspecto, preferindo uma mistura à base de painços, milho alvo branco e milho japonês (não gostam muito de alpista) e adoram espigas de painço vermelho. É uma espécie que come muito bem papa, que deve ter uma boa percentagem de proteína. Costumo dar bastantes sementes verdes que eles devoram e até aproveitam para fazer ninho. Quando estão a alimentar os filhos também se pode dar alimento vivo, como o bicho da trela/farinha (Tenebrio molitor) embora não seja estritamente necessário.



Criação

São aves que não são muito difíceis de se criar.
Precisam de espaço, pelo que uma gaiola com 1m de comprimento é o ideal se o criador estiver interessado em criar esta espécie em condições.
Rápidos a fazer o ninho, mas não tão rápidos a iniciar postura. Demoram a sentir-se confortáveis num local novo, pelo que é conveniente deixar o casal a ambientar-se primeiro antes de colocar o ninho. Assim que se ambientam e  ganham confiança chocam bem, melhor que bichenovs, estrelas ou modestos por exemplo. A postura é de 4 a 6 ovos e são chocados quase totalmente pela fêmea durante cerca de 14 dias, altura em que é preferível não perturbar o casal, pois a fêmea sai do ninho ao mínimo barulho mas voltando logo a seguir caso deixe de ver o criador por perto.


Cria com 3 dias

4 crias já independentes


Mutações

São conhecidas 2 mutações:
  • Castanho - nesta mutação o efeito é identico à mutação castanha nos estrelas, tornando o verde o dorso mais esbatido e o cinzento do peito, pescoço e ventre fica mais limpo.
  • Amarelo - rabadilha e barras oculares passam de vermelho para um amarelo torrado a puxar ao laranja.

Artigo da minha autoria

terça-feira, 7 de outubro de 2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Novas espécies

Aproveitei a ida a Castelo de Vide para reforçar o plantel, além de uns reforços para o plantel de babetes e um macho gould pastel 1 factor cabeça laranja, adquiri também 2 espécies novas:
  • Bengalins do Japão - voltei a ter bengalins, desta vez são aves com alguma qualidade e não é com o objectivo de os usar como amas, pois tenho-me safado bem ao criar directo (embora se este ano tivesse bengalins talvez tivesse sidneys nesta altura, visto o casal ter chocado bem mas depois de as crias nascerem os pais bicaram-nas). Vou ter 4 casais de bengalins do Japão na próxima época, compostos por 3 negros castanhos, 4 negros cinzentos e 1 perolado (este ainda não chegou pelo que não sei se será cinzento ou castanho).
  • Capuchinhos de Cabeça Preta (Lonchura atricapilla) - desde 2011 que andava com esta espécie na minha lista de possíveis reforços e finalmente lá me decidi a comprar um casal.
Também poderei voltar a ter dominós (Lonchura punctulata), isto se conseguir arranjar uma fêmea, o que não é fácil.
E por fim os sidneys vão ficar em standby este ano pois perdi a fêmea em Julho e optei por não comprar uma este ano.
Assim que as aves estejam com a plumagem em condições tiro umas fotos.

Erythrura - os meus premiados

Os meus premiados na Erythrura 2014, 1º lugar com um híbrido mandarim x bichenov macho e 2º lugar com uma híbrida mandarim x bichenov fêmea mutação dorso claro.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Macho cinzento nascido em Junho


Macho cinzento nascido em Junho, ainda a acabar a muda e que vai participar no Nacional deste ano se tudo correr bem.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Erythrura 2014 - classificações


Os meus resultados na Erythrura 2014, que é só uma das melhores exposições de exóticos da Península Ibérica, senão mesmo a melhor, que este ano conta com 83 criadores de Portugal e Espanha e um total de 1823 aves inscritas.
Pena o mandarim ter tido um "acidente" 2 dias antes da entrega (nem era para ir), pois é ave para mais que 87 pontos e o babete tem 5 meses e isso já diz tudo.
Parabéns a todos os participantes, premiados e não premiados, em especial ao Paulo Santos, Rui Luz, Selénio Vieira e Joel Oliveira.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Fêmeas babete de cauda longa no banho

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Aquisições feitas no Internacional do Sado

Macho castanho, 3º lugar no Internacional do Sado, adquirido ao Arménio Silva
Macho cinzento adquirido ao Miguel Sanfélix Vas

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Modesto macho

Macho modesto clássico deste ano, foi uma troca que fiz por uma modesto fêmea que tinha comprado o ano passado para tirar híbridos com babete mas nunca cheguei a juntar o casal, pois a qualidade da modesto não me agradava. Assim fico com um bom macho para cruzar com uma fêmea babete e ainda vou comprar uma modesto fêmea para cruzar com um macho babete. Depois de tirar os híbridos talvez junte o casal de modestos para matar saudades desta espécie que não crio desde 2012.