quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Bichenovs e Babetes

Deixo aqui algumas fotos dos meus 3 casais de Diamantes Bichenov e de 4 Diamantes Babete de Cauda Longa, ainda a acabar a muda e recentemente adquiridos, juntamente com uma fêmea adulta que já tinha. Queria aves mais velhas mas foi o que se arranjou. Só lá para fins de Março ou inicio de Abril é que os meto a criar













quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Diamante Bichenov (Stizoptera bichenovii)

Introdução

O mais pequeno dos chamados "Diamantes australianos".
Vive no Norte e Este da Austrália e tem 2 subespécies:

Azul: annulosa ; Amarelo: bichenovii ; Verde: zona de junção das 2 populações

  • Stizoptera bichenovii bichenovii - subespécie mais comum e que reside na zona este da área de distribuição. Possui as penas supra-caudais brancas, as pintas brancas nas asas são mais pequenas e é normalmente maior que a outra subespécie. 
Stizoptera bichenovii bichenovii

  • Stizoptera bichenovii annulosa - reside na zona oeste da área de distribuição. As penas supra-caudais são pretas, as pintas brancas das asas são maiores e é mais pequena que a bichenovii.
Stizoptera bichenovii annulosa

 Medida das anilhas: 2,3 mm

Comprimento

De 10 cm a 11 cm

Dimorfismo sexual

Difícil, principalmente com aves com 1 ano. Os macho tendem a ter o branco do peito mais limpo, as marcações da cabeça mais carregadas, assim como as linhas do peito. Nas aves com mais de 1 ano estas diferenças são mais fáceis de observar. O método mais fácil é através do canto do macho.

Macho clássico


Características sociais

Geralmente são aves pacificas embora quando estejam a criar não toleram a presença de outras aves, mesmo maiores que elas, perto do ninho. Também tendem a ser agressivos para aves da mesma espécie, principalmente aves adultas que já criaram (reprodutores), quando são mantidos em voadeiras e começam a ficar com o cio, atacando-se mutuamente, chegando mesmo a ferir-se com gravidade na zona por debaixo do bico. Este tipo de agressões é quase sempre entre aves do mesmo sexo e observa-se principalmente nas fêmeas.

Macho castanho


Alimentação

Mistura para exóticos à base de painços, milho alvo branco e milho japonês (não gostam muito de alpista), papa com uma boa percentagem de proteína e espigas de painço (gostam particularmente do painço vermelho) considero que seja a alimentação base para a reprodução destas pequenas aves australianos. Quando estão a alimentar os filhos também se pode dar alimento vivo, como o bicho da trela/farinha (Tenebrio molitor),  germinado e sementes verdes, embora não seja estritamente necessário.
Na época de repouso e muda costumo fornecer verduras como beldroegas, couve, brócolos e ervas apanhadas no campo como dentes de leão e urtigas. Também comem pepino e maçã mas não em grandes quantidades.
Osso de choco sempre à disposição e um comedouro com areia ou grit (facultativo).

Criação

São aves que, se tiverem a oportunidade para criarem os seus filhotes muitas vezes o conseguem fazer, embora nas primeiras posturas possam deixar morrer os filhos por falta de experiência.
Gaiolas de dimensões mínimas de 50 x 30 x 30 (comprimento x altura x largura) servem para estes pequenos australianos criarem. Preferem as gaiolas apenas com a frente em grade, pois durante o choco costumam ser aves muito nervosas e em gaiolas "abertas" tendem em abandonar o choco mais facilmente. Se não houver disponibilidade para serem alojados em gaiolas apenas com a grade à frente, deve-se tentar camuflar a área da gaiola onde é colocado o ninho, de forma às aves se sentirem mas seguras.
Não são muito esquisitos nos ninhos utilizados, desde que sejam fechados e não os de canário. Utilizam várias materiais para forrarem o ninho, tal como fibra de coco, sisal, ervas, penas, etc.
O ideal é terem pelo menos 1 ano para criarem.
Tal como grande parte dos exóticos, não têm uma época especifica para criarem.

Fêmea castanha com uma cria clássica e 1 híbrido fêmea de mandarim x bichenov criados por ela.


Mutações

Castanho

Mutação recessiva ligada ao sexo.



Malhado



Curiosidades

O nome "Bichenov" deriva do restritivo especifico "bichenovii", assim batizado em honra de James Ebenezer Bicheno, um secretário colonial britânico e botânico amador.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Fornecedor de ovos da McDonald's acusado de torturar as galinhas


Embora esta noticia não seja sobre a Ornitologia desportiva (embora haja muita m**** de gente que faça coisas parecidas às aves que têm, fica aqui a boca para o barulho), achei que no papel de alguém que gosta de aves e animais em geral era meu dever divulgar estes actos obscenos feitos por pessoas que nem merecem o ar que respiram.

A McDonald's está à procura de um novo fornecedor de ovos para os seus McMuffins depois da ONG “Mercy for Animals” ter divulgado um video, gravado secretamente na Sparboe Eggs Farm, onde são mostrados vários actos de crueldade contra as galinhas, segundo o site msnbc.com


Depois de terem visionado as imagens, os responsáveis da McDonald's emitiu um comunicado a informar que não compraria mais ovos à Sparboe Eggs Farm e sublinhando que “o comportamento exibido no video é perturbador e completamente inaceitável”.


“A McDonald's espera de todos os seus fornecedores que cumpram os nossos requisidos de entrega de produtos de alta qualidade, preparados de forma humana e responsável”, diz, no comunicado, Bib Langert, vice-presidente da Mcdonald's para a área da sustentabilidade.


As imagens, gravadas com uma câmara oculta, mostra a forma como as galinhas são amontoadas em gaiolas, sem espaço nem condições de higiene, a forma como é queimado o bico aos pintainhos, sem recurso a analgésicos, e trabalhadores a torturarem os animais.


O proprietário da Sparboe Eggs Farm emitiu um comunicado garantindo que a empresa abriu já um inquérito interno e que estão já a ser implementadas algumas mudanças. Adiantou que foram identificados quatro trabalhadores envolvidos nos actos de crueldade para com os animais, que entretanto foram despedidos.




quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Diamante Babete de Cauda Longa (Poephila acuticauda) - Genética e Criação

Introdução

Esta espécie divide-se em 2 subespécies: a Poephila acuticauda acuticauda e Poephila acuticauda hecki. A primeira localiza-se no Nordeste da Austrália enquanto que a segunda está localizada no Noroeste. A acuticauda difere da hecki principalmente na cor do bico, que é amarelo. Na hecki o bico é vermelho e a cor da plumagem é um pouco mais viva.
Segundo alguns criadores que mantêm as 2 subespécies, a acuticauda tende em ser menos barulhenta.

Ave da subespécie acuticauda
 Fonte da foto: http://www.fabulousfinch.com/gouldian-finch-pictures.htm



Ave da subespécie hecki

Medida das anilhas: 2,5 mm e 2,7 mm

Comprimento: 

Entre 15 a 18 cm

Dimorfismo sexual:

Pouco acentuado. Nas aves clássicas é mais fácil de descobrir pois os machos têm as penas da cauda mais longas e o babete maior. Nas outras mutações estes pormenores podem passar despercebidos. O melhor método é o canto do macho.

Características sociais:

Muito parecido ao Mandarim. Esta espécie tende em ser agressiva quando se encontra em grandes números, arrancando penas uns aos outros e causando ferimentos. É bastante territorial em relação ao seu ninho, podendo destruir posturas, matar crias e ocupar ninhos de outras aves. Tirando a época da reprodução pode ser alojada em viveiros com outras aves, em números moderados.
Convém separar os sexos quando não estão a criar para diminuir os níveis de agressividade.

Alimentação:

São aves pouco exigentes, uma mistura para exóticos à base de alpista, espigas de painço e papa são a base para a alimentação desta espécie. Durante a reprodução deve-se dar papa todos os dias e a papa deve ter uma boa dose de proteína. Também pode.se dar germinado, sementes verdes, sementes de ervas (como as que vêm na mistura para fauna europeia ou cardinalitos) e alimento vivo.
Osso de choco sempre à disposição e um comedouro com areia ou grit (facultativo).

Criação

É dos Diamantes Australianos mais fáceis de criar, só o mandarim é mais fácil.
Criam bem em gaiolas de dimensões mínimas de 50 x 30 x 30 (comprimento x altura x largura), grande parte das vezes sem ser necessário o recurso a amas. O ideal é terem pelo menos 1 ano de idade para começarem a criar.
Os ninhos mais usados são os do tipo caixa, semiaberta, que forram por dentro com vários tipos de materiais como fibra de coco, sisal, penas, ervas ...

Põem ente 4-6 ovos que são chocados por ambos os pais, embora a fêmea esteja mais tempo no choco que o macho, apenas saindo para comer e beber e aí é que o macho entra no ninho. As crias nascem passados cerca de 13 dias de incubação e são alimentadas por ambos os pais até estarem independentes, que normalmente é duas semanas depois de saírem do ninho.
Não têm uma época especifica para criarem.

2 crias clássicas e 2 inos
2  crias clássicas, 2 castanhas e 1 ino

Casal de babetes de cauda longa com 4 crias, 2 clássicas e 2 isabeis (phaeos).


Mutações

Castanho

Esta mutação é recessiva ligada ao sexo.
Todas as zonas normalmente negras tornam-se castanhas escuras. A cabeça fica cinzenta mas mais clara que numa ave Clássica.

2 fêmeas castanhas

Topázio


Mutação autossómica recessiva.
A eumelanina está mais reduzida que na mutação Castanha. A cor geral é bege ou amarelo torrado.
Esta mutação e a mutação Phaeo são muito parecidas e eram consideradas a mesma (Isabel) mas foram separadas devido ao diferente grau de melanina e oxidação feomelanina presentes. O Topázio impede parcialmente a oxidação da eumelanina enquanto que o Phaeo impede totalmente a oxidação da eumelanina.

Phaeo


Mutação autossómica recessiva.
Muito parecida ao Topázio, difere deste pela cor mais clara, tanto no dorso e cabeça, como no babete e riscas por cima das pernas.

Phaeo à esquerda e topázio à direita
Foto de Eliseo Zambelli
Ino

Mutação recessiva ligada ao sexo.
Ave duma cor branco sujo, com o babete castanho muito claro. Olhos vermelhos.
Macho ino

Fêmea ino

Cinzento

Mutação autossómica recessiva.
Ausência de eumelanina e de feomelanina. Ave totalmente cinzenta com babete e zonas melanicas negras.

Macho cinzento


Bico Pálido



Fator de escurecimento

Pensa-se que se trata de um fator de escurecimento em vez de uma "verdadeira" mutação.

Fonte: http://www.canaraliaexoticos.com/

Malhado

Mutação autossómica recessiva (?).

Fonte: Bgould
Fonte: Bgould
Pérola

Mutação autossómica recessiva (apenas existe na Austrália).

Fonte: natamambo

Ino phaeomelânico

Ave totalmente branca e de olhos vermelhos.
Não se trata duma mutação mas sim duma combinação de 2 mutações: InoPhaeo (possivelmente também será possível tirar aves com este fenótipo através da combinação Topázio + Ino).

Fonte: http://www.allevogels.nl/index/index.php

Isabel Cinzento

Combinação da mutação Cinzenta com Topázio.
Esta combinação também pode ser feita com o Phaeo, o que supostamente irá dar origem a aves com uma cor mais clara e com as marcações menos carregadas.

Fonte: http://spitssen.mijn-grasvinken.be/#6.23
Cinzento Castanho
Combinação das mutações Cinzento e Castanho,
Parecida à combinação de Cinzento com Phaeo/Topázio, mas a côr é menos limpa e o no babete nota-se tons castanhos.

Macho
Fêmea.
Ave e foto pertencentes ao Miguel Sanfélix Vas

Texto da minha autoria 

Algumas informações foram retirados dos seguintes sites:

http://www.amaemg.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=103%3Abavet-cauda-longa&catid=31%3Aartigos&Itemid=50&lang=pt

http://diamaustral16.skyrock.com/

http://www.codalunga.it/