Lonchura castaneothorax
Também conhecido por Castanhol ou Capuchinho de Peito Castanho.
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Lonchura castaneothorax castaneothorax |
Medida das anilhas
2,5 mm
Comprimento
11 cm
Distribuição
Austrália, Papua Nova Guiné, Nova Caledônia e Indonésia.
Foi introduzido na Polinésia Francesa e em França.
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Distribuição |
São reconhecidas 5 subespécies, 1 australiana e as outras espalhadas pela Nova Guiné, Nova Caledônia e algumas ilhas da Indonésia:
- Lonchura castaneothorax castaneothorax
- Lonchura castaneothorax boschmai
- Lonchura castaneothorax ramsayi
- Lonchura castaneothorax sharpii
- Lonchura castaneothorax uropygialis
As subespécies criadas na Europa são a australiana (Lonchura castaneothorax castaneothorax), que é a mais comum. Em menor número, e sendo mais exigente na manutenção e criação, existe também a Lonchura castaneothorax sharpii. Esta subespécie é ligeiramente menor e a plumagem é mais contrastante.
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Lonchura castaneothorax sharpii
Fonte: http://www.efinch.com/
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Dimosfismo sexual
Difícil.
Pode-se sexar da mesma maneira que nos Bichenovs, mas as diferenças são ainda menos nítidas e muitas vezes só através do canto é que se tem a certeza.
O canto dos Castanhovs é parecido ao dum Canário, embora menos elaborado.
Comportamento e cuidados gerais
Tal como a maioria dos Lonchuras, são aves pacificas. Não levantam muitos problemas, embora os machos possam perseguir-se mutuamente e arrancar as penas uns dos outros, principalmente na zona do pescoço e cauda.
Gostam bastante de trepar pelas grades e de tomar banho.
São aves bastante resistentes e toleram bem o frio de Inverno, desde que estejam abrigados de correntes de ar e chuva.
É preciso ter um cuidado especial com as unhas, crescem bastante e muito rapidamente, podendo ficar presas nas grades ou ninho, pondo em risco a vida da ave.
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Fêmea no choco |
Alimentação
Um boa mistura para exóticos, espigas de painço, sementes germinadas, verduras como couve, nabiças, beldroegas, espinafres e grelos (alface só aconselho no Verão) e alimento vivo como bicho da trela (Tenebrio molitor).
Osso de choco sempre à disposição e um comedouro com areia ou grit (facultativo).
Reprodução
Esta espécie é relativamente fácil de criar.
Alojadas numa gaiola com as dimensões minimas de 60 cm x 30 cm x 30 cm consegue-se reproduzi-la.
Os ninhos que usam são os em forma de caixa, preferindo os que tenham uma entrada grande e o material usado pode ser fibra de cocô, ervas, penas etc. Os ninhos que fazem são os típicos ninhos de Lonchura, em forma de bola e bastante grandes, pelo que a caixa utilizada deva ser grande.
Os Castanhovs, como a maioria dos Lonchuras, são bons pais pelo que, normalmente, dispensam o uso de amas. As melhores aves a criar são aquelas que têm 2 anos ou mais.
As posturas costumam ser de 4 a 6 ovos, que eclodem ao fim de 13/14 dias aproximadamente.
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Ninhada de 4 crias com clara diferença de desenvolvimento entre elas |
Juvenil |
Mutações
Existem algumas mutações, que foram estabelecidas através da hibridação com Bengalins do Japão (Lonchura striata domestica).
A mais comum é a mutação Castanha, também chamada Pastel ou Bruno (termo espanhol para castanho).
Esta mutação é autossómica recessiva.
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Fonte: Osvaldo Sereno |
Também há Inos.
Tal como os Castanhos, foram passados por transmutação e a hereditariedade é a mesma que nos Bengalins do Japão, ou seja, recessivo ligado ao sexo.
Existem casos de aves com excesso de melanina, em que o ventre é negro.
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http://www.efinch.com/birdpix2/cbmmelanistic.jpg |
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http://aussiefinchforum.net/viewtopic.php?f=102&t=5563 |
Artigo da minha autoria